No futebol até os gênios tem dia de estúpidos


Todo o técnico tem as preferencias dele por jogadores, esquemas e ideias de jogo, uns são mais radicais, outros mais pragmáticos, alguns inventivos e por aí vai. Cabe a eles armarem uma escalação para cada jogo, com 11 jogadores, um esquema e uma ideia de jogo. Na noite de quarta-feira no Camp Nou, Guardiola foi mal em todos estes quesitos.

Visto como o melhor treinador do mundo – acho o mais diferente, talvez não seja o mais vitorioso, está entre os três melhores – viu sua preferencias e ideias caírem por terra e seu time tomar um sonoro 4x0 em Barcelona.

Pensou em: 4-1-4-1, De Bruyne de falso nove, Gündogan para melhorar o passe e ajudar Fernandinho na saída de bola, pressionar a defesa adversária com bastante amplitude no ataque e compactação na defesa.

Nos primeiros 16 minutos de jogo o Manchester City conseguia jogar, tinha a bola e tentava alguma coisa. Foi aí que Messi fez a diagonal da direita para o meio, Fernandinho (queridinho de Pep) caiu e deixou espaço para o argentino abrir o placar.

Ainda havia jogo, até Bravo errar uma saída de jogo e precisar botar a mão na bola fora da área e ser expulso. O goleiro que Guardiola trouxe e fez Hart ir para no Torino entregou de vez o jogo para o adversário. Messi fez o segundo, cortando e chutando e, depois de erro de passe de Gündogan na defesa, o argentino completou o hat-trick. Neymar ainda perdeu um pênalti e fechou o placar de 4x0.

Guardiola sempre arriscou e vai continuar arriscando, em alguns momentos dá muito errado como no Camp Nou e vira um estupido. No fim a verdade é que Messi ainda é a pedra no sapato de Pep pós Barcelona, ele acabou com a equipe dele duas vezes e os times que treinou sentem a falta de um craque para decidir o jogo a qualquer momento – De Bruyne pode ser um dia.

Já Celso Roth acertou em cheio contra o Santos no mesmo dia. Escalou o time reserva, atacou no inicio e fez 1x0, depois se fechou e no contra-ataque matou o jogo. Ninguém que conhece futebol prefere Roth a Guardiola, mas os acertos nas escolhas foram opostos.

Os craques ainda decidem e por vezes o gênio vira o estupido, o futebol é feito de escolhas e um dia você pode errar todas.


Conquistar um Brasil de cada vez

Como é difícil um time ganhar duas competições com fase de definição próximas no Brasil. É impressionante! Desde o Cruzeiro em 2003 nunca o campeão do Campeonato Brasileiro é o mesmo da Copa do Brasil.

Em 2003 a Raposa conseguiu vencer, mas com a Copa do Brasil acabando em junho e o Brasileiro em novembro. Desde que há a Copa do Brasil, 1989, há também apenas o Cruzeiro de 2014 que chegou a final - vice do Atlético-MG.
Este ano só acontecerá se o Galo disparar no BR-16 alcançar o Palmeiras, e, ainda, ir bem no mata-mata final da Copa do Brasil. Improvável.

Quando se fala de títulos importantes em sequencia se lembra do Flamengo de Zico em 1981, campeão Carioca, da Libertadores e Mundial em menos de um mês.

Matéria publicada no jornal O Atibaiense em 22/10/2016

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