Guerra civil
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No filme Capitão América 3: Guerra Civil não existem vilões, apenas heróis que com convicções diferentes acabam brigando. Não existe bem contra o mal, é o time do Capitão América contra o do Homem de Ferro, ambos são mocinhos. No futebol na maioria das vezes é assim que funciona. Por mais que você acredite que o seu rival é sempre o mal (normal que assim seja) é uma disputa de forças. E apenas nesse caso, no coração de torcedor, existe bem e mal.
Agora com Barcelona e Bayern de Munique (times da posse de bola) eliminados e o Atlético de Madrid na final da Champions (time do contra-ataque e futebol força) existem os críticos para os dois lados. Aí cabem duas observações: primeiro que não existe apenas duas formas de jogar - o Real Madrid é uma equipe que mescla bem o domínio da bola com velocidade e contra-ataques; e segundo que ambos os jeitos têm suas vantagens e desvantagens.
Particularmente prefiro times que jogam com a bola, como as duas potências acima, o próprio Audax, ou voltado lá atrás com o Brasil de 1982. Mas não consigo ver demérito na bola que joga o Atlético, a equipe sabe cumprir muito bem o trabalho de bolas paradas, diminuição de espaços e contra-ataques. Tudo isso com muita raça e confiança características de Simeone. Há quem goste mais disso do que tabelas intermináveis do trio MSN ou do Bayern. Além de tudo isso, um contra-ataque bem feito também é uma jogada muito bonita de ser ver no futebol, não deve ser deixado de lado.
No fim isso tudo é uma discussão interminável que com o passar dos anos ganha personagens diferentes, mas os resultados são parecidos. O Atlético prova que daqui pra frente, mesmo com a evolução de Guardiola, o futebol dos campeões não será apenas o da posse, e que ele não é imbatível.
Corinthians
Mais uma vez eliminado em Itaquera – desta vez para o Nacional (URU) –, o Timão não está maduro, tem vários defeitos e não venceu nenhum adversário difícil no ano. Nesta queda o alvinegro foi a campo com a base deste ano, que de quase nada tem a ver com a do ano passado.
Tite até tenta implantar o mesmo jeito de jogar, só que além de levar tempo é preciso encaixar o estilo de jogo. Ainda não conseguiu, a experiência do elenco pesa.
Matéria publicada no jornal O Atibaiense em 07/05/2016
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