Escolinhas de futebol
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Para ser campeão existem clubes que “apelam”, ensinam através de bases frágeis, suficientes apenas para que seu jogador passe no vestibular da bola. Depois se perdem neste mundo. Sem entrar no mérito do negócio, no valor dos meninos, na fatia que o clube tem do jogador, salários, mordomias, nada do tipo, só no campo e bola. Na parte técnica, tática do jogo, os clubes eram bastante e muitos não sabem o que fazer muitas vezes
A nova da base agora é fazer o time dos juniores jogar igual ao profissional. No Corinthians até dá para dizer que o time tem algumas semelhanças com o principal. Na chegada dos volantes ao ataque, com laterais iniciando as jogadas. Mas o trio ofensivo Tocantins, Gabriel Vasconcelos e Léo Jabá dão uma cara diferente ao time. No Flamengo é impossível, o principal não teve uma cara ano passado e o deste ano está sendo remontado com novos jogadores e outro técnico.
Os times se inspiram no Barcelona ao fazer este trabalho com a base—Muricy chegou ao rubro-negro falando disso. Só que o Barça tem uma maneira bem definida e constante de jogo, eles tem uma filosofia e a seguem. Os times brasileiros não, trocam muito de jogador e técnicos tornando a continuidade impossível.
No Brasil o time que se destaca com a base é o Santos. É o time que mais confia na sua base, que tem o "time" de colocar o jogador da hora certa com os profissionais e fazer com que apareçam grandes promessas. As gerações de meninos da Vila são muitas e duram até hoje. Ás vezes o jogador aparece meio na sorte, quando acabam as opções no elenco e o jovem acaba surgindo ao cobrir uma vaga no time.
O Peixe de 2015 teve boa parte do elenco assim e funcionou com Thiago Maia, Zeca, e outros se firmaram como Gabriel e Geuvânio. No Palmeiras Matheus Sales se destacou, quando precisou ser volante por falta de opções e anulou Lucas Lima na final da Copa do Brasil.
Na hora de revelar jogadores não existe a fórmula certa, cada um age de uma maneira a situações semelhantes, às vezes o futebol é injusto e acaba deixando um bom jogador de fora. Outros não conseguem fazer parte do mundo de empresários que o tratam como uma máquina de fazer dinheiro e se perdem no meio. Estes nunca dariam certo, não importa o treinamento.
Matéria publicada no jornal O Atibaiense em 30/01/16
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