Qual a importância do Mundial?
O
país-sede, o campeão da América do Sul, da América do Norte, da
África, da Ásia, da Oceania e da Europa. São
7 times, que formam o Mundial, no país que patrocinar o evento.
Dessa maneira, assim como o Natal e o Show de Roberto Carlos, é
realizado o Mundial de Clubes da FIFA em Dezembro todo
ano.
Nem sempre foi assim, nem sempre foi organizado pela entidade que o
FBI está de olho. Começou em 1960 como Copa Intercontinental,
confronto do vencedor da Liga dos Campeões contra o da Libertadores,
apenas 2 times, naquele ano o Real
Madrid de Di Stefáno foi campeão sobre
o
Peñarol, um jogo em Madri outro em Montevidéu.
Seguiu
dessa maneira até 1980 – durante esse tempo o Santos de Pelé foi
bicampeão vencendo o Benfica e o Milan – quando a Toyota apareceu
para promover o campeonato e trouxe a competição para o Japão,
jogo único entre campeões da América do Sul e da Europa. Com esse
formato o Flamengo de Zico bateu o Liverpool, o Grêmio venceu o
Hamburgo e
o São Paulo de Telê venceu o Barcelona e o Milan.
Em
2000 a FIFA organizou seu primeiro Mundial de Clubes. Ele foi
disputado no Brasil com 8 participantes — Corinthians, Vasco, Real
Madrid, Manchester United, Necaxa (Mex), Al Nassr (Ara), Raja
Casablanca (Mar) e Melbourne (Aus). Foi uma prévia do Mundial de
Clubes que só seria único e de fato vingaria dessa maneira em 2005.
O Corinthians venceu esse Mundial de 2000, sem vencer a Libertadores,
isto gera muita discussão, além disso o Boca – campeão da
Libertadores daquele ano—
venceu a
Copa Intercontinental no mesmo ano.
A
Copa Intercontinental perdurou até 2004 quando foi definitivamente
substituída pela Mundial de Clubes do jeito que temos hoje. Nesta
versão temos São Paulo, Internacional e Corinthians como campeões.
Temos também Internacional e Atlético-MG que passaram vexame
perdendo a semifinal para Mazembe e Raja
Casablanca respectivamente.
A
importância para os clubes brasileiros de um título mundial mudou
muito da taça santista de 1962 para a corintiana de 2012. Na época
da equipe de Pelé, era enfrentar um bom time, desconhecido, como era
o Benfica de Éusebio e vencê-lo jogando amplamente melhor, fazendo
5x2 no Estádio da Luz, três deles do Rei. Era ter o melhor time do
mundo e ganhar uma taça por isso. A
recente
do Corinthians foi enfrentar uma
equipe
muito mais forte e rica
que a
sua.
Vencer
e ganhar a taça de melhor do mundo, por vencer o “melhor time do
mundo”, depois de passar um sufoco
na semifinal contra um time ruim da
África.
Em
Yokohama o Timão venceu por 1x0 gol de Guerrero e teve Cássio como
melhor jogador. Em
2006 não
foi diferente com
o Colorado batendo o Barcelona. O
mesmo placar do Corinthians, gol de Gabiru (!). E o São Paulo em
2005 com a melhor atuação de goleiro de Rogério Ceni, também por
1x0, gol de Mineiro foi
campeão.
Para
nós, sul-americanos, vencer o Mundial é mostrar que seu time foi
capaz de vencer a competição continental e bater o “melhor do
mundo” no final do ano. Esta é a graça. Para um europeu ela não
existe, para o Barcelona, por exemplo, vencer o Guangzhou Evergrande
e o River Plate não é nenhum desafio. Vale pela taça e aumento da
marca com uma competição em outro continente.
No
final das contas é uma Copa das Confederações de clubes, com
vários jogos ruins e medíocres até a final. Quando
no
duelo entre Davi e Golias toda
a graça e emoção da
competição estão
em jogo.
Não
é muito mais que isso.
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