Jesus brasileiro, Dios argentino


Quem madrugou e viu a partida entre Brasil x Peru (início às 00:15) não se arrependeu. Viu outra vitória brasileira e um bom jogo de futebol.

O jogo não foi fácil, a seleção peruana começou bem a partida, é um time bem montado organizado que sabe criar jogadas ofensivas. Cueva tabelou com Carrillo para bater na trave de Alisson.

Com sete minutos o cartão de visitas peruano mostrava uma partida difícil.


Tite mudou, trouxe Renato Augusto para jogar na direita com Courinho e assim exigiu mais de Carrillo na marcação. O Brasil chegou pela primeira vez com Neymar em contra-ataque, Paulinho apareceu como elemento surpresa e parou no goleiro peruano.

Aos poucos o Brasil entendeu o jogo, passou a ficar mais com a bola e mesmo sem criar tantas oportunidades sofria menos na defesa. Marquinhos, jogando muito, tomava conta do setor direito, bem na cobertura e com muita velocidade.

Gabriel Jesus movimentava-se muito bem e, além de dar opção, abria espaços pela defesa. No início do segundo tempo, aproveitou uma sobra de bola na área e abriu o placar.

Foi erro da defesa peruana, mas haviam muitos brasileiros no ataque, Jesus estava no lugar certo. Mesmo sem ser centroavante é artilheiro.

O Peru abriu o jogo de vez, Gareca colocou mais atacantes e assustou duas vezes em bolas paradas. 

O Brasil aproveitava os espaço peruano e ainda tinha mais posse de bola. Neymar acertou o travessão antes da seleção chegar ao segundo gol. Jesus foi consciente e deu a bola para Renato Augusto arrematar em gol.


Gabriel Borel foi o melhor em campo. Em seis jogos pela seleção principal marcou cinco gols e deu três assistências, participou de oito gols (foram 17 gols brasileiros nestes jogos).

Depois do segundo gol o time diminuiu o ritmo, Tite colocou Willian no lugar de Gabriel Jesus.

Paulinho perdeu o gol e o placar foi o de 2x0. Com o resultado o Peru fica distante da Rússia.


Sexta vitória seguida do Brasil nas eliminatórias, Tite tem 100% de aproveitamento, a seleção está de fato jogando muito bem, fez um jogo, atravessando a madrugada pós feriado, valer a pena.

Está até ficando óbvio e redundante falar das qualidades do Brasil, mas fazer o que? 

Melhor do que ser obvio e redundante quando o time vai mal.

A seleção brasileira volta a jogar em março, nas eliminatórias, encara o Uruguai.


Mais cedo, ainda teve a Argentina voltando a jogar. Depois de dos 3x0 para o Brasil foi a vez deles, 3x0 na Colômbia, e tranquilidade aos hermanos e para Bauza no comando.

A Argentina venceu porque Patón mudou a equipe, Mercado jogou mais do que Zabaleta na lateral-direita, Banega deu mais força ao meio de campo e Pratto, mais participativo, marcou até gol.



Mas ninguém foi mais importante do que Lionel Messi. O jogador do Barcelona fez um gol e deu duas assistências. Com espaço, que não teve diante do Brasil, correu entre as linhas partindo da direita e participou bastante das jogadas ofensivas. No terceiro gol argentino deu passe de calcanhar, roubou a bola e tocou para Di Maria.

No gol dele, de falta, mandou a bola no canto esquerdo do goleiro, onde quase sempre bate faltas. Olhe nos vídeos, o lado da falta pouco importa, a bola quase sempre entra no canto esquerdo.






Messi tem cinco jogos, quatro vitórias e uma derrota (Brasil) nas Eliminatórias. Fez três gols, e deu duas assistências, participou de seis gols. Dios mesmo é Maradona, mas Lionel é quase isso. E melhor jogador.

Após o jogo, o capitão Messi oficializou que a seleção argentina não fala mais com a imprensa. Repete a Itália de 1982, o fato de acusar Lavezzi de usar maconha foi o motivo. Ele comanda também fora de campo.

A vitória da Argentina e a exibição de Messi fizeram com que a vitória brasileira sobre os argentinos pareça ainda mais relevante.



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