Festa portuguesa, com certeza

Mesmo em domingo de Campeonato Brasileiro, o principal fato futebolístico era a final da Eurocopa entre Portugal x França em Saint-Denis.



O jogo seguia o roteiro no início, Portugal se fechava em seu campo, com duas linhas de quatro e Nani e Ronaldo na frente para puxar os contra-ataque. Jogo reativo.

Com a bola os franceses trocavam passes em busca do gol e tinham chances porque os portugueses erravam. 

Aos 9 minutos, um cruzamento para cabeça de Griezmann levou perigo.

Sissoko usava sua velocidade e força física, Payet os seus passes, Griezmann movimentação e agilidade, Pogba aprecia pouco. Essa foi a França no início do jogo, empurrada pela Marselhesa



Então o craque da competição, em busca do título inédito, a fim de fazer o que nem Eusébio conseguiu fazer, caiu no gramado, aos prantos. Cristiano Ronaldo chorava, havia levado um entrada de Payet (leal, nem falta foi) e sentia o joelho esquerdo.



Chorando, carregado saiu a colocou uma bandagem na perna. Correu mais um pouco e fez sinal que não dava mais.

Ronaldo viveu o drama de sair de maca, da partida mais importante com sua seleção. Ele que era vaiado pelos franceses, saiu aplaudido por todos em Saint-Denis. Comovente.

O xará dele também não teve sorte em 1998.



Portugal passou a jogar com 4-1-4-1, Nani ficou sozinho à frente.

Depois deste lance a partida caiu o ritmo, melhor para os portugueses que sentiu menos a pressão francesa.

No restante da primeira etapa a melhor chance foi com Sissoko, o melhor em campo na primeira etapa. Renato Sanches, responsável por iniciar os contra-ataques lusos, foi o melhor português.



O segundo tempo começou com posse de bola portuguesa. O panorama da inicio da partida já não se repetia, era uma seleção francesa fraca na agressividade à bola e no controle de jogo com ela. Muito pouco.

Deschamps mudou: tirou Payet e colocou Coman, queria mais velocidade já que os passes do meia não surtiam efeito.

A França melhorou, Griezmann quase fez depois de cruzamento do recém colocado em campo, Coman.

Melhor a França vivia de espasmos de boas jogadas, Pogba aparecia pouco, Giroud também. Gignac entrou no lugar do segundo.

Sissoko assustou com chute de fora da área e Nani com cruzamento perigoso, em direção ao gol.

A partida era tensa, as equipes sabiam que um erro definiram o campeão, Portugal só saia na boa., Pepe novamente era um monstro na defesa.

Nos acréscimos, por um capricho do destino, uma boa enfiada de bola para Gignac acabou em bola na trave portuguesa.

Teve prorrogação.


Momento da bola na trave
Depois de correr 90 minutos, ser inferior e ainda estar sem Ronaldo, os portugueses queriam os pênaltis.

Pelo menos era o que parecia.

Impressionava a força física lusa, Éder já atuava na frente e Nani era o meia aberto pela direita.

Quem tentava mais o gol eram os franceses, porém a melhor chance foi portuguesa. Cabeçada perigosíssima de Éder, defesaça de Lloris.

No segundo tempo, C Ronaldo mandou Guerreiro cobrar uma falta perto do gol. A bola explodiu no travessão.

Era os portugueses chegando como nunca no jogo, o espirito português prevalecia e Éder usou os espaço entre as linhas francesas para finalizar de fora da área e fazer um gol histórico.

Cristiano chorava novamente, agora, de alegria.

A França foi com tudo e mais um pouco ao ataque. Estava perdendo mesmo...



Tentou, o gol não veio, deu Portugal, festa portuguesa.



Portugal aproveitou o bom lado da chave que caiu, avançou, C Ronaldo levou o time à final, que venceu à sem ele. Os portugueses são campeões pela primeira vez, fazem o que os gregos fizeram com eles em 2004, vencem os anfitriões na final é conquistam a taça inédita.

É legal vê-los vencendo porque o futebol é assim, cheio de histórias peculiares a serem contadas, todas diferentes, distante de prognósticos. Poucos imaginavam Portugal na final, campeã, com Ronaldo sofrendo lesão e vendo a sua seleção vencer os donos da casa na prorrogação...

Inimaginável, só no futebol mesmo.



Ronaldo consegue o que nem Eusébio conseguiu, aos franceses, resta pensar que têm uma boa seleção, que ainda precisa evoluir em alguns pontos, não é capaz de manter o controle dos jogos.

Éder faz o gol mais importante da história de seu país, o futebol está sempre aí para escrever a história, cada dia de um jeito.

O futebol deles é pragmático, não têm uma das melhores seleções do mundo e não serão favoritas na próxima Copa do Mundo. Mas agora isso pouco importa, os portugueses querem é comemorar.



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