Undécima veio nos pênaltis

Tinha tudo para ser uma boa noite de Champions em Milão, na final revanche de 2014. Foi com roteiros repetidos e muitas surpresas.


A jogo do Atlético de Madrid está manjado, todo mundo sabe como o time de Simeone vai jogar e sobretudo defender. Zidane tentou furar a barreira com seus jogadores, C Ronaldo se juntava ao Bale para tentar na técnica, no drible passar pelos colchoneros. Ambos os craques se movimentavam bastante pelas pontas do campo na frente da última linha do Madrid, mas não conseguiam fura-lá.

A saída foi a bola parada. Todo mundo sabe que o Atlético é bom em bola parada, mas o Real com bons jogadores de cabeça e cobradores de falta é tão bom quanto - fez até mais gols de falta que o adversário desta final na competição,

De bola parada aos 6 minutos Oblak fez uma defesaça em desvio de Casemiro. Aos 14 minutos, não teve jeito. A bola cruzada por Kroos desviou em Bale e depois Sergio Ramos empurrou dentro das redes. 

Cruel. Ramos o mesmo jogador que empatara a decisão de 2014 aos 48 do segundo tempo, abrira o placar na nova decisão. Detalhe: o espanhol estava impedido, mas cruel ainda com os colchoneros.



Atrás no placar o "exercito de Simeone" tinha muita dificuldade de chegar ao ataque, Koke e Saúl, responsáveis por acionar rapidamente o ataque depois da retomada de bola não conseguiam atuar bem. Torres nem pegava na bola, só Griezmann participava, a melhor chance do Atlétic foi em chute do francês defendidos por Navas. 

Do outro lado Kroos e Modric dominavam o jogo do meio de campo junto de Casemiro. A diferença do jogo estava aí, assim o Real conseguia se defender bem.

O Atlético ficou devendo futebol no primeiro tempo, na defesa até segurou a maioria das jogadas de bola rolando do Madrid, isso contribuía para um jogo morno.

Para esquentar a disputa o arbitro marcou um pênalti, que não foi, logo com um minuto da etapa final. Griezmann partiu pra bola e nervoso explodiu a cobrança no travessão de Navas - ele perdeu um pênalti na semifinal contra o Bayern e um em outubro foi defendido por Navas. Não podia ser ele a cobrar.



Mesmo com o gol não saindo o Atlético já era melhor em campo, com Carrasco a equipe melhorou, o Real se fechou e esperou mais o rival. Sem ser um time de posse de bola - alterna estilos durante o jogo - deu a bola para o rival e buscava os contra-ataques.

Assim o jogo ficou melhor, o Atlético arriscava e dava espaço ao Real, a partida ficou mais aberta, mais vistosa. Gabi organizava o jogo para os colchoneros, não é muito de fazer isso por causa do estilo de jogo de sua equipe, mas fazia bem.

Zidane então colocou Isco e Lucas Vázquez no lugar de Kroos e Benzema. Com jogadores mais jovens, velozes e inteiros era buscar os contras ainda mais. Não era retrancar.

Aos 32 do segundo tempo, por preciosismo, C Ronaldo e Bale perderam a chance de matar o jogo. Ronaldo sem estar 100% não foi decisivo, nem faltas cobrou, elas ficaram para o galês.

Gol não feito, rival não morto, gol de Carrasco. Juanfran recebeu ótimo passe de Gabi cruzou para Carrasco aparecer com força, alma e vontade do colchoneros e empurrar a bola para o empate.



Ele correu, comemorou e beijou a namorada (miss Bélgica). Que noite do belga em Milão.

Nos dez minutos finais ambos atacaram pouco, com medo da não recuperação por uma falha a decisão foi para a prorrogação. Como em 2014 a partida ficou em 1x1 no tempo normal e foi para o tempo extra.



Na prorrogação as chances foram rareando, o desgaste físico em ambos era muito, por isso o jogo ficou lento.

Filipe Luis saiu de cansaço no Atlético, o Real não podia mais trocar.

O times tentaram pouco, pareciam esperar os pênaltis, a prorrogação se arrastava. Ruim.

Os melhores momentos foram de faltas e substituições, pouco por uma final da Liga dos Campeões. Só nos últimos dois minutos o Real atacou.

Não teve jeito, pênaltis...



Na decisão dos pênaltis de um lado a melhor técnica do Real contra a maior confiança ( ou raça) colchonera.

Na seis primeiras cobranças, três de cada lado, 100% de acerto, Lucas Vázquez, Marcelo e Bale pelo Real, Griezmann (desta vez fez), Gabi e Saúl pelo Atlético.

Depois Sergio Ramos, o super carrasco do Atlétic converteu e Juanfran morreu na trave.

Caiu nos pés de Cristiano Ronaldo a decisão, ele que não participara muito do jogo, perdera uma boa chance antes do gol de empate e sem estar 100% era apenas mais um em campo.

Mas ele ainda é o Ronaldo, confiante, forte e especialista em penais. Com categoria mandou para redes e saiu para comemorar o título, a Undécima.



Depois de um longo tempo para "Lá Decima" a Undécima veio logo, dois anos depois contra a mesma equipe. Agora dirigido por Zidane ele se torna o primeiro francês campeão da Liga - já havia vencido como jogador duas vezes como jogador no mesmo clube.

O jogo de Simeone falhou de novo na hora agá, hoje o Atlético não foi tão efetivo na defesa como é normalmente, mesmo assim foi melhor no ataque na etapa final. Nesta final foi menso "cholismo", mas parou nos penais, tanto no de Griezmann no tempo normal como na decisão.

Ronaldo chega a sua terceira Champions, ganha um crédito grande pela disputa pela Bola de Ouro. A temporada com Liga dos Campeões é sempre boa, mesmo este Real Madrid não ter anunciado desde o começo que venceria, no final foi decisivo e venceu as decisões.

Dá até pra dizer que Barcelona e Bayern de Munique são melhores que o Real, mas só ele foi capaz de passar pelo Atlético.

Agora é festa em Madri para o lado merengue, chegando a sua 11ª taça. Ao Atlético ainda não foi desta vez.


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