Times campeões
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Neste final de semana o 4x0 do Barcelona no Real Madrid e o 6x1 do Corinthians reserva sobre o São Paulo mostram bem isso. Os vencedores foram times bem armados, coletivos e empenhados. Assim estes times podem vencer de quanto gols quiser um time bagunçado, mal treinado em campo, mesmo tendo qualidades parecidas. Como a Alemanha fez com o Brasil no Mineirão. O Barcelona é um time coletivo, a sintonia do trio MSN (Messi, Suárez e Neymar) é enorme. Isso não é só trabalho deles, é de Luis Enrique, muitas vezes esquecido, mas fundamental no funcionamento desse time. São jogadores que fazem jogadas individuais, mas que não seriam possíveis sem a cooperação.
A seleção brasileira tem conseguido vencer os adversários dela com a individualidade dos jogadores brasileiros há muito tempo. 2002 foi um time armado para se defender e na frente o trio RRR (Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho) para atacar. Deu certo e não foi muito diferente com Romário e Bebeto em 1994. O Brasil de 2982 tinha um coletivo bom, o de1970 também, o 4° gol na final é uma prova disso com a bola passando pelos pés dos brasileiros e acabando com gol de Carlos Alberto Torres em assistência de Pelé.
Perdemos essa ideia de jogo no meio do caminho e parece ser difícil de recuperá-la, o Corinthians tem um bom coletivo, como o Cruzeiro teve nas duas últimas temporadas, mas são exceções e tem durado pouco.
Um passo para fazer a seleção brasileira voltar a ser campeã pode ser—antes de mudar toda a estrutura que também é necessário—fazer o time ser mais cooperativo, coletivo. Os times vencem os campeonatos, os jogadores podem vencer os jogos, só que precisam de um time para ser campeão, temos que depender menos da individualidade.
Matéria publicada no jornal Folha de Atibaia em 28/11/2015
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