Análise tática: Nós temos o Hulk


Está longe, muito longe de ser novidade de que o Brasil depende de Neymar. Na Copa do Mundo e América ele não pôde jogar e isso foi determinante nas eliminações. O time não tinha um plano B.

Dunga criticado por muitos, por mim, e pela maioria, fez isso. Sem ele para os dois próximos jogos de eliminatórias que começam em outubro, Hulk entrou no time.

O esquema que com Neymar era um 4-4-2 com ele e Tardelli (ou Firmino) na frente, virou um 4-2-3-1 com o jogador que tem o mesmo nome do personagem da Marvel de centroavante.


Hulk na corrida
Hulk como referência
Tanto contra a Costa Rica como contra o EUA ele marcou gol. O primeiro em corrida do lançamento feito pelo lateral-direito Danilo - a saída de bola pelos laterais ainda é forte na seleção- disputa na força contra os zagueiros e gol. O segundo, se posicionado na área para receber e mandar no gol.

Mesmo que Hulk tenha feito dois gols, ele não foi um jogador tão participativo do jogo, ficava muitas vezes esperando a bola chegar até ele. As principais jogadas aconteciam com a troca de passes entre laterais e meias abertos. Douglas Costa/ Marcelo, Willian/ Fabinho.


Tabela entre Marcelo e Douglas Costa. A jogada termina com chute do lateral
Eu ainda acho que um centroavante, mesmo que seja Ricardo Oliveira para algumas partidas de Eliminatórias é uma garantia maior de força lá na frente. Hulk não é um centroavante nato. 

Por mais força física que ele possa ter, ele já mostrou o jogador que é, com velocidade e um chute forte Um centroavante como Ricardo Oliveira tem mais subsídios para fazer o time jogar bem.

Pelo menos Dunga testou outra opção.

Agora, com Neymar, o time ideal poderia contar com ele, de centroavante, fazendo algo parecido com o que Luan faz no Grêmio. 

O time de Roger usa o esquema de 4-2-3-1, quando faz pressão no adversário, Douglas e Luan marcam pelo meio junto, enquanto Pedro Rocha e Giuliano tomam conta das pontas. Essa linha de 4 jogadores serve para forçar o adversário a perder a bola. Virando uma espécie de 4-2-4.

No Brasil ela poderia funcionar com Douglas Costa pela direita, Neymar pelo meio com Lucas Lima e Willian (ou Lucas) pela direita. Colocando os volantes atrás dos quatro, mas de preferencia volantes com bom passe e liberdade.

O time mostrou que tem qualidade, coisa que muito brasileiro ainda desconfia. Dunga não é nenhum gênio da bola, mas também não é burro. Ele pode montar um time competitivo, principalmente por ter Neymar.

Agora o teste de fogo será contra o Chile em Santiago pela estreia nas eliminatórias. Esse jogo, sem "o cara" e valendo trés pontos, mostrará, a quantas anda o time. Se for como o da Copa América vai ser difícil. 


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