Audax já é maior que o Ituano
![]() |
Aquele time era dirigido por Doriva que depois de Itu passou por Atlético-PR, Vasco, Ponte Preta, São Paulo e hoje está no Bahia. Do goleiro Vagner hoje reserva no Palmeiras e de Rafael Silva no Cruzeiro que foi Vasco também. Ninguém teve muito destaque, não era um grande time.
Era uma equipe superorganizada pelo treinador, defensiva ao extremo, jogando no erro do adversário para vencer – se não houvesse erro ficaria 0x0. Passou pelo bagunçado Verdão na semifinal, e com uma vitória e derrota por 1x0 na final derrotou o Santos nos pênaltis. Um campeão pragmático em torneio de mata-mata, acontece, não que dizer necessariamente que a equipe seja boa, bonita de ser ver jogar.
Se o Barcelona é mais que um clube, o Audax é mais que um estilo, é também corajoso. A equipe de Fernando Diniz é melhor em quase tudo em relação a de Itu, joga para vencer, para mandar no jogo, botar a bola no chão, dominar o rival e sair com os três pontos. Venceu o São Paulo por 4x1, fez gol de várias maneiras. Saiu na frente duas vezes em Itaquera contra o Corinthians, sofreu o empate e venceu nos pênaltis – não perdeu nenhuma cobrança.
Tem um grupo bem versátil, Tchê Tchê é destro faz o golaço que faz contra o Corinthians de esquerda e joga tanto no meio quanto na lateral. Capaz de se adaptar ao adversário. Contra o Timão deu mais rebatidas, e teve menos posse de bola e passes que normalmente tem.
É uma equipe do, agora bem conhecido, jogo de posse de bola, “futebol total”, “jogo de posição”, Guardiola, Barcelona, Holanda de 74 e o diabo a quatro. No fundo não é nada disso, é mais um time pequeno com uma filosofia de jogo que é capaz de bater os gigantes.
O time tem tudo isso, mas o favoritismo é santista. Talvez seja o melhor 11 inicial do Brasil, com jogadores experientes e jovens, com Lucas Lima – o maior jogador em atividade no país – inteligente capaz de passes incríveis, com a definição de Gabriel e Ricardo Oliveira na frente. O time da Vila dirigido por Dorival também tem um estilo de jogo, ofensivo de muita troca de passes e velocidade – maior ainda em casa.
Em sua 8° final seguida é favorito diante do “minúsculo” Audax em relação a toda história santista. Por mais que falte rivalidade na final de grandes torcidas do estado não será uma decisão chata, pelo contrário, o jeito de jogar das equipes deve proporcionar bons jogos.
Matéria publicada no jornal O Atibaiense em 30/04/2016
0 comentários:
Postar um comentário