Bayern fica no quase

Na partida de ida Guardiola quis surpreender Simeone, recuou o time com meio campistas e jogadores de bom passe. Sem Müller e com Xabi Alonso a ideia era ficar o maior tempo possível com a bola. Jogar pelo empate fora de casa.

Não deu certo, o golaço de Saúl e a "superdefesa" do Atlétic fizeram com que a posse de bola maior do Bayern importasse pouco. O jogo ficou 1x0 para a equipe de Madri que poderia jogar pelo empate em Munique.



Hoje, como disse ontem em entrevista, Pep foi para atacar com 10. Na escalação mais ofensiva possível - fora da maluquice. Foi com: (4-3-3) Neuer, Lahm, Javi Martínez, Boateng e Alaba; Xabi Alonso, Müller e Vidal. Douglas Costa, Lewandowski e Ribery.

Com Thomas Müller no meio, o time ganha mais um homem na área. Inteligente, com bom tempo de bola, cabeceio e qualidade enorme de finalização, o ataque ficava bem mais forte - difícil entender porque Pep deixou o no banco na partida de Madri.

Aos 19 minutos o camisa 25 do Bayern recebeu na área e deixou para Lewa finalizar em boa defesa de Oblak.



Ribery em chute de longe levou perigo também.

Com Alaba na lateral esquerda - e não na zaga como na ida - aparecia bastante no ataque e sofreu uma falta perto da área. Xabi Alonso cobrou com força, ela desviou quando passou entre as pernas de Giménez e morreu dentro do gol.


Empate na vantagem.


Em Munique era ataque dos de vermelho contra defesa dos de azul. Não só ficavam com a bola como atacavam, atacavam e atacavam o Atlétic. 

Em um cobrança de escanteio, Martínez foi agarrado, pelo mesmo Giménez que desviou no gol bávaro, e pênalti. 

Müller foi para mudar a vantagem de lado e virar o placar. E não é que ele perdeu? Em ótima defesa Oblak impediu o 2° gol alemão.


Toda a pressão bávara no primeiro tempo resultou em 76% de posse (298 passes), com 16 chutes. Muito mais produtividade, até por ter mais poder ofensivo que na ida.

Para o Atlético estava difícil, as coisas não aconteciam.


O resultado não era bom para o Atlético, não o eliminava, mas levava para os penais. Foi então que o Simeone resolveu colocar Carrasco, adiantar um pouco sua equipe e jogar também. Foram apenas dois chutes na etapa inicial.


E não é que com 8 minutos, em contra-ataque Torres deixou Griezmann cara a cara com Neuer e arrematou em gol. Difícil dizer o quanto a mexida influenciou.

Agora a vantagem era dos espanhóis e com esse gol fora de casa só o 3x1 serviria para os alemães.




Depois do gol o impeto, coragem e confiança alemã já não eram mais os mesmos. Bem menos intenso no ataque tinha muito mais dificuldade de jogar que na epata inicial.


Só que nada como um gol para mudar tudo.


Em cruzamento de Alaba - um dos melhores em campo - Vidal ajeitou para Lewandowski completar para o gol quase de baixo das traves.




Agora o lado emocional era do Bayern de Munique, que passou a arriscar tudo, atacar como nunca.


Os alemães passavam pelos 30 arremates na partida quando uma escapada de Fernando Torres resultou em pênalti mal marcado pelo juiz. Martínez, de fato fez a falta, só que fora da área. 

E não é que Torres desperdiçou a chance de matar o confronto?

Havia jogo em Munique, mas partida ia chegando ao final, as chances apareciam para o Bayern, mas nada da bola entrar. 

Nada de gol.


O Atlético de Madrid está na final, buscará o título inédito.




Foi um grande jogo, Guardiola outra vez foi eliminado na semifinal para um time espanhol pelo Bayern de Munique, só que desta vez foi por pouco, pelo gol fora de casa. A partida em Madri custou a classificação. Pep deixará o Bayern sem Champions.


Todo ano colocamos Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique como favoritos pelo título da Liga dos Campeões. Um deles esteve nas últimas sete finais, mas a final nunca é entre eles, alias, nunca foi.

Com o Atlético de Madrid na final, ainda não é desta vez que os "favoritos" faram uma final.

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