Temos jogadores, não um time


A Seleção Brasileira, mesmo sem Neymar, tem jogadores fundamentais em grandes clubes do mundo. 

Willian, fundamental no Chelsea, fez a primeira jogada de perigo da partida, com habilidade driblou alguns jogadores e foi mal no chute.

Jogando em Assunção, onde o Brasil não vence desde 1985, a partida era fraca, não tensa.

O Paraguai cumpriu o jogo que propôs a fazer durante os 90 minutos. Ramón Dias deixou o Brasil com a bola, marcou os laterais nas saídas de bola e abusou de bolas áreas. Longe de ser um jogo bonito, porém eficiente.

Cada cruzamento na área brasileira era um Deus nos acuda, todo mundo perdido, sem saber quem marcar, assim perdendo a primeira e segunda bola a cada alçada na área.

Alisson salvou em chute a queima roupa e defendeu uma bola mandando-a na direção da trave em outro. Depois não foi capaz de parar o chute de Lezcano, jogada pela esquerda, cruzamento de Benítez e gol na sobra da defesa brasileira.

Antes, Ricardo Oliveira acertara uma bola no travessão paraguaio.



O Brasil estava perdido, como na maioria dos jogos, sobretudo na defesa, onde normalmente tem um dedo maior do treinador. Na etapa inicial deu 20 rebatidas quando foi pressionado, tinha uma enorme dificuldade para jogar.

No intervalo, Hulk entrou na equipe no lugar de Fernandinho, fez uma mudança que nunca havia feito antes. Douglas Costa passou a jogar no meio.

As chances brasileiras começaram a aparecer, mas faltava confiança, foi possível ver vários chutes grotescos durante o jogo. O grupo é intranquilo, nervoso, erra também porque não sabe o que fazer.

Logo no início da etapa final, Benítez ampliou em outra bagunça da defesa, Dani Alves sem saber muito o que fazer deu liberdade ao atacante.

Então Dunga colocou Lucas Lima no lugar de Luiz Gustavo e a Seleção Brasileira passou a melhorar em campo. 

O Paraguai foi fechando-se cada vez mais, chamando o time brasileiro e contra-atacando pouco e mal.

Melhor tecnicamente é natural ver a seleção criar chances enquanto ficava com a bola. Em uma delas, Hulk mandou um chute forte, a sua maneira e Villar rebateu. Ricardo Oliveira esperto, como sempre, pegou o rebote e diminuiu.



Os paraguaios sentiram o golpe e ficaram ainda mais fechados, o meninos de Dunga foram crescendo e crescendo. Sem esquema definido, na base do abafa.

No finalzinho, finalzinho mesmo, Dani Alves acabou entrando na área com a bola e fez o gol do empate no minuto final do jogo - com a perna esquerda.

Empate brasileiro no fim dá um ponto ao escrete nacional, que agora ocupa a 6° colocação, na frente apenas de Venezuela, Bolívia, Peru e Paraguai.

Não é normal ver o Brasil fora dos classificados, o empate em Assunção é.



A Seleção Brasileira conseguiu o empate porque os jogadores reagiram no fim, muito mais por ter bons jogadores do que por qualidade tática na equipe. Neymar fez falta, mesmo assim o "talento" acabou empatando a partida.

A time, por vezes, lembra a desorganizações palmeirenses com Marcelo Oliveira. Dunga não é o cara certo para ser o técnico, pode conseguir bons resultados, tem bons jogadores, mas jogar um bom futebol parece improvável.

O jogo foi feio, por causa das duas equipes, sonolento e o que preocupa o treinador e o fato do Brasil ser menos viril. Sempre mais complicado com o problemas de personalidade dos comandados que técnicos e táticos.

O 6° lugar nas eliminatórias é ridículo.

Dunga vive um futebol que já foi, porém segue sendo o atual técnico.

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