Palmeiras é grande, é nacional


Quase que com 11 minutos toda a história da final mudou. O Santos deu a saída de bola e acabou sobrando para o Palmeiras, Barrios lançou Gabriel Jesus. Ele dominou no ombro machucado e chutou para a defesa do goleiro. 

Borel não chutou da melhor maneira, Vanderlei fez boa defesa, mas foi uma chance desperdiçada.

A torcida alviverde que lotava o estádio e as ruas próximas, fazia festa de virada de ano desde horas antes do jogo. Fez toda uma recepção ao clube com bandeirinha e mosaico antes do inicio do jogo.

Depois desse lance o torcedor, até o menos confiante, acreditou, os jogadores acreditaram.

O alviverde foi pra frente, com meias brancas superstição de anos que voltou a campo hoje. O Santos com camisas listradas e calções pretos tentava se defender.

Com 7 minutos, o Peixe tratou de mostrar que estava pronto para incomodar. Zeca - lateral-esquerdo do Santos, não o também lateral-esquerdo do Palmeiras da academia - fez uma linda jogada, deu chapéu, driblou todos do lado esquerdo do campo e chutou para a defesa de Prass. No rebote Victor Ferraz mandou na trave alviverde.

Muita emoção com poucos minutos, jogo acelerado.

O Palmeiras jogava melhor, ainda apostava na ligação direta de outros jogos, só que hoje com boa atuação dos volantes (Arouca e Matheus Sales) a bola chegava pelo chão também.

Gabriel Jesus era a principal arma pela esquerda, Barrios fazia bem o pivô e voltava abrindo espaço, Robinho vindo mais para o meio funcionava.

As jogadas iam fluindo, o lado verde corria muito ganhava sempre a segunda bola, o outro lado da força, o alvinegro, se contentava em segurar o jogo, fazia muito cera, estranhamente, estava distraído o Santos não parecia o Santos.

Robinho fez um belo cruzamento da direita, e Barrios, meio sem jeito, cabeceou obrigando Vanderlei a fazer uma defesaça.

Então David Braz sentiu uma torção e se lesionou. Depois Gabriel caiu sobre o ombro e voltou a sentir-lo. Werley entrou no Santos, Rafael Marques no Palmeiras. 

Houveram divididas, jogadores derrubados na área e nada de pênalti no primeiro tempo. Até porque não existiram.

2° tempo

O segundo tempo iniciou mais pegado, com mais faltas e cartões amarelos logo de cara. Gabriel e Matheus Sales foram "premiados" com cartões. 

O Santos mostrava vontade de querer chegar, Lucas Lima tentava as arrancadas que sabe dar. Não funcionava.

Então com 11 minutos, Barrios faz belo pivô e dá para Robinho que vem furando a linha de 4 santista. Cara a cara com Vanderlei o camisa 27 dá para o camisa 7 empurrar para o gol.

Foi dudu Dudu, o cara que perdeu o pênalti na final do Paulista contra o mesmo time e no mesmo gol, depois foi expulso no jogo da volta e colocou tudo a perder. Hoje no mesmo gol abriu o placar.

O Allianz Parque explodiu, as ruas próximas também, a festa verde entoava em São Paulo. 



O Peixe sentia a pressão e o cansaço. Sim, isso mesmo, o time poupou jogadores no brasileiro, botou o G-4 a perder e Gabriel saiu por lesão aos 18'.

O jogo foi se aproximando do fim, a pressão foi aumentando.

Barrios também sentiu e deu lugar a Cristaldo.

No Santos foi a vez de Thiago Maia sentir e Paulo Ricardo entrar.

Com 39 minutos, uma jogada ensaiada manjada do alviverde deu resultado. Uma falta na intermediaria foi lançada para a esquerda, Victor Hugo mandou para a pequena área e Dudu empurrou para o gol.  

Outra vez o camisa 7 aparecia, nem fazia um jogo tão bom, mas era ele quem colocava a bola dentro da caixinha.

A festa foi enorme, Dudu invadiu a escadinha, os jogadores reservas foram junto e a torcida começava a comemorar o título. Com esse resultado dava verdão, era 39 do segundo tempo.

É, a festa foi tão grande, tão grande que o time acabou se distraindo. O Santos veio para cima e ganhou o escanteio. Ele foi cobrado e gol de Ricardo Oliveira.

Toda a concentração alviverde acabou depois do 2x0 e o empate da decisão veio rapidamente.

O minutos finais foram cautelosos e Heber Roberto Lopes fez questão de acabar o jogo com menos de 1 minuto de acréscimo.

Foram para os penais, como no Paulista, 1x0 no jogo de ida para o mandante desperdiçando pênalti e outras oportunidades. Na volta virada por 2x1 e pênaltis.

No gol sul do Allianz Parque o Santos começou batendo e Marquinhos Gabriel, que jogou pelo Palmeiras no ano passado, desperdiçou mandando longe

Zé Roberto converteu, mandantes na frente.

Então foi Gustavo Henrique, chutou no canto esquerdo com força e a bola parou em Prass.

Rafael Marques perdeu para o Palmeiras. 1x0 para os verdes.

Geuvânio e Lucas Lima converteram pelo Santos e Jackson e Cristaldo também. 3x2.

Na sequência final Ricardo Oliveira chutou e gol.

Na última cobrança Prass pegou a bola e foi chutar. Sim, o goleiro, que não é Rogério Ceni, mas que treina pênaltis como treinou em Atibaia.

Não fez feio e como se fosse um filme, a cena final foi com o herói salvando o mundo, ou melhor, dando o título da Copa do Brasil ao Palmeiras.

Gol de Prass.



Os santos do Palmeiras prevalecem, o gol palmeirense é sagrado, depois de São Marcos, agora foi a vez de São Prass, que não é prata da casa, mas foi o cara da competição pelo alviverde.

O Verdão não era o favorito, jogou melhor, correu e bateu o Santos que sentiu o jogo. Depois de quase cair pra série B é campeão nacional.

Fernando chegou em 2013, subiu com o time da série B, resistiu no ano passado e agora é merecidamente campeão. Ele deu o título que tirou de Marcelo Oliveira em 2011, quando era goleiro do Vasco e bateu o Coritiba.

Com a Copa do Brasil veio a Libertadores ao lado verde, ao outro lado da força não restou nada depois de ter feito um bom final de ano.

Depois de acabar o jogo Zé Roberto deu uma entrevista e disse. 

"O Palmeiras não é grande, é gigante."


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