De Mago pra Jesus
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E o Palmeiras sofre com isso. Tanto que em tempos de vacas magras, Valdivia o inglório pseudocraque, que de tapas e beijos foi ídolo palmeirense nos últimos anos. Mas agora na vida palmeirense, não há mais um Mago chileno, quem desponta como novo ídolo é o menino Jesus.
Um jovem, que a pouco tempo via São Marcos fazer defesas pelo Palmeiras, que a torcida via as suas jogadas apenas por youtube, cresceu. E depois dos últimos jogos com gols, dribles e carisma, ganhou a torcida. O torcedor que desconfiava do seu futebol, já esqueceu disso e adotou Gabriel Jesus como ídolo. Mostrou que sabe jogar bola, é daqueles que conhece do jogo, tem um potencial enorme.
Em pouco tempo, Borel (como era chamado Gabriel na base) virou garoto propaganda, ganhou música da torcida e o “efeito Gabriel Jesus” ainda fez com que as quartas de final da Copa do Brasil, os dois jogos, sejam transmitidos pela TV aberta. O Verdão ignorado pela Rede Globo desbancou o São Paulo x Vasco.
O garoto tímido, que chorou ao marcar o primeiro gol pelo Palmeiras, está se acostumando com o assédio e com as câmeras. Prata da casa, coisa que não é muito comum no verdão—Dos jogadores que saíram da base alviverde e ainda jogam os mais famosos são os corintianos Vagner Love e Elias, além de Diego Cavallieri—ele virou o xodó do time. Em tempos de tantos Gabriéis, prefiro chamá-lo de Borel, mas ele já se tornou o “Gabriel Jesus”.
Como todo jovem é preciso cuidado, para não queimá-lo como tantos outros que vimos por aí. E seria bom se ele ficasse no Brasil por um tempo, como Neymar ficou. Não sair na próxima janela de transferências para periferias do futebol, onde vai evoluir pouco e só voltará ao foco se chegar a seleção ou voltar para o Brasil. Se voltar pra cá vai ser porque não deu certo lá.
Ele é jovem e tem muito a aprender, excesso de câimbras mostram que por muitas vezes o excesso de vontade e inexperiência o cansam além da conta. Isso com o tempo ele vai aprender. Marcelo Oliveira técnico do Palmeiras deverá ensiná-lo. Por isso treinadores também são chamados de “professores”.
A torcida palmeirense sempre gostou de ídolos, de Valdivia pra Gabriel Jesus é uma prova de tempos melhores no Palmeiras.
Matéria publicada no jornal Folha de Atibaia no dia 05/09/2015
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