Seleção brasileira pronta para a revanche?
No boxe, não precisa nem
valer o cinturão, basta um lutador não ter o resultado esperado e ele que uma
revanche.
O Brasil sofreu um enorme
nocaute diante da Alemanha no Mineirão, os 7x1 que traz um sentimento de
revanche ainda não concluído – a seleção olímpica não conta. Com a chegada de Tite
o Brasil melhorou: quatro jogos, 100% de aproveitamento, 12 gols marcados, um
sofrido. Mas ainda não está pronto.
A Alemanha vem com Joachim
Löw desde 2006 no comando técnico, de lá pra cá a renovação foi constante.
Schweinsteiger é o novo aposentado, Kimmich, Hector, Draxler e Götze – de volta
ao Dortmund, para evoluir novamente – fazem parte da nova turma, podem estar no
time titular em 2018. Em três jogos nas Eliminatórias tem 100% de aproveitamento,
oito gols marcados, nenhum sofrido, diante da Irlanda do Norte tiveram 70% de
posse de bola e finalizaram 22 vezes, Khedira fez o primeiro gol depois dos 7x1.
Madura, está na frente do Brasil.
A evolução da seleção brasileira
desde a saída de Dunga é evidente, Tite melhorou o ambiente, achou um jeito e
esquema de jogar, com um trabalho incansável de obter informações e evoluir a
cada dia. Porém não é só ele – se Dunga tivesse Gabriel Jesus no time, o desempenho
seria bem melhor -, o time ainda está verde e há coisas para acertar.
Alisson precisa ser mais
testado, não me passa tanta confiança como Diego Alves – meu escolhido -, a
zaga pode melhorar com Thiago Silva, Paulinho pode ser trocado por um jogador
mais técnico e preparado para grandes jogos, assim como o oposto de Neymar no
4-1-4-1 ainda pode ser Douglas Costa. Estas são alterações que irão ocorrer ao
longo do tempo.
Já se passaram 830 dias dos
7x1, no dia 10 de novembro a seleção volta a jogar no Mineirão, a Argentina de Edgardo
Bauza é o adversário. O treinador sofre para acertar a seleção sem Messi, Di
Maria, Dybala, Agüero e Higuain, quase quatro atacantes, não deram em nada. Com
Gaitan no lugar de Dybala foi ainda pior, perdeu para o Paraguai em casa.
Messi é fundamental para o
desempenho da seleção argentina, deve jogar contra o Brasil no maior teste de
Tite pela seleção brasileira. A vez da revanche ainda não chegou e talvez nem
chegue, futebol é diferente, o momento é de crescer como equipe para a Copa, o
Brasil pode conquista-la sem precisar bater a Alemanha, estará de bom tamanho.
Matéria publicado no jornal O Atibaiense em 15/10/2016
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