Futebol jiu-jitsu
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Nesta foto não há futebol e nem jiu-jitsu |
Essa técnica consiste em fazer um lutador "fraco" derrotar um mais forte usando suas técnicas de alavanca, luta de chão, estrangulamentos, imobilizações, triângulos e afins. A ideia com o tempo foi ganhando força e os defensores do jiu-jitsu passaram a desafiar lutadores de outras modalidades para provar a eficiência da arte deles.
Aí criaram o vale-tudo que no início da década de 90 com Rorion Gracie virou o UFC, vencido por Royce Gracie sendo campeão em um troneio eliminatório. Não havia entre os outros participantes nenhum que fosse mais baixo ou mais leve que o brasileiro, o único representante do Jiu-Jitsu.
Com finalização em todas as lutas - foram três, como se iniciasse nas quartas de final - foi campeão sem nem se machucar. Estava mais do que provado a está altura que o estilo de luta dos Gracie funcionava.
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Royce Graice |
O futebol é um esporte completamente diferente de qualquer luta, os conceitos são outros, são mais participantes, não é para acabar com a integridade do adversário, apenas para vence-lo. Porém o estilo praticado por Simeone lembra muito o do jiu-jitsu.
Não que haja violência em seu jogo, longe disso, em muitos jogo sua equipe chega a fazer menos faltas que o adversário. A semelhança está em fazer com que o mais "fraco" seja capaz de derrubar o mais forte. Conseguir finalizar o adversário e muitas vezes sem levar um golpe (gol) sair vitorioso.
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Uma luta vencida com um nocaute, seja ele como for - chutes são mais plásticos -, fazem da luta melhor. Uma finalização pode fazer com que o combate seja sem graça: um cara derruba o outro, fica tentado acertar uma chave até acerta-la e acabar com a luta. Vencer um jogo por 1x0 se defendendo até o fim, fazendo o tento da vitória de bola parada ou contra-ataque é parecido.
Contra o Bayern o Atlético de Madrid finalizou 35 vezes a menos que o adversário e, em média, esteve com a bola por 31,5% do tempo. Mas avançou no estilo anti-herói como explica Victor Canedo no globoesporte.com (aqui).
Contra o Bayern o Atlético de Madrid finalizou 35 vezes a menos que o adversário e, em média, esteve com a bola por 31,5% do tempo. Mas avançou no estilo anti-herói como explica Victor Canedo no globoesporte.com (aqui).
Anderson Silva, José Aldo, Bruce Lee, Chuck Norris, Daniel Larusso e Liu Kang são lutadores capazes de proporcionarem lutas melhores de se assistir que qualquer Gracie. Isso não que dizer que o jiu-jitsu perderá deles.
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Barcelona, Bayern de Munique, Holanda de 74, Brasil de 82, Hungria de 54 e Santos de Pelé têm um futebol mais bonito de se ver que do Atlético de Madrid de Simeone. Porém este time é capaz de vence-los, como venceu os dois primeiros.
Simeone é mais um Gracie do que o senhor Miyagi, é um argentino com um elenco de jogadores comuns e poucos craques - Griezmman e Godín são os foras de série. Na base do futebol jiu-jitsu - fera na execução dele - pode conquistar o campeonato de clubes mais difícil do mundo, a Liga dos Campeões.
O nome para a final poderia ser até de filme de boxe: Real Madrid e Atlético de Madrid, a revanche - repetindo a final vencida pelo Real em 2014.
O nome para a final poderia ser até de filme de boxe: Real Madrid e Atlético de Madrid, a revanche - repetindo a final vencida pelo Real em 2014.
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Um pouco do espirito de Simeone |
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