Expectativa x realidade
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O mundo do futebol é, e sempre foi, muito imprevisível, o Leicester é a prova viva disto. Um clube para não cair na Premier League e está perto do título. Casos assim acontecem, muito mais do que em outras áreas e esportes, porém sempre com uma projeção.
Essa projeção está diretamente ligada ao planejamento, na averiguação do elenco, comissão técnica e medidas até administrativas a serem tomadas. O Palmeiras errou ao fazer a dele em 2016.
Após o título da Copa do Brasil na conta do chá, acreditou em Marcelo Oliveira e contratou jogadores para as posições erradas. Jean, o mais utilizado dos novos, virou o lateral-direito, mas veio para ser volante.
Por isso a equipe, desorganizada, iniciou mal a Libertadores, e o discurso distante de Mundial de clubes de jogadores e diretoria no início do ano, faz pouco sentido agora que está na iminência de uma eliminação. Cuca deu uma cara ao jogo do Palmeiras em pouco tempo, porém parece ser tarde. Com vários esquemas e alternativas de jogo diferentes, armou um time para cada partida e mesmo perdendo os quatro primeiros jogos, fez bons jogos nas três seguintes.
Em planejamento vale lembrar a Libertadores de 2013 do alviverde, no ano da série B. Com objetivo de volta a primeira divisão, jogou a competição continental consciente de que não venceria. Chegou às oitavas de final - em um grupo mais fácil que o de 2016 - e acabou sendo eliminado graças a um frango de Bruno. O Deste ano pode parar na fase de grupos, onde não é eliminado desde 1979.
O Vasco ano passado com aquela história de o “respeito voltou”, também acabou sofrendo e vendo o respeito parar na série B. Os clubes precisão projetar bem suas temporadas, sem exageros para que possam entender onde devem trabalhar.
E além de crescer taticamente na Libertadores, tem de parar de pensar que são melhores que os estrangeiros. Dois brasileiros só passam pela primeira fase em caso de milagre, os outros já perderam e não anunciam que vão ganhar. Lembrando que na passada o Internacional parou na semifinal e na de 2014 o Cruzeiro ficou nas quartas, os melhores do Brasil na Liberta.
Nas últimas Libertadores o time campeão tinha a base do ano anterior, uma continuação de trabalho, com a maioria dos mesmos jogadores. Em 2012 com Corinthians e 2013 com o Galo foi assim. Nós precisamos evoluir, porém muitas vezes não enxergamos isso e pensamos sempre no melhor, fechando os olhos para problemas.
Matéria publica no jornal O Atibaiense em 09/04/2016
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