Comandos


Que o Palmeiras é outro e o torcedor não tem saudade de Oswaldo de Oliveira no comado técnico do Palmeiras, isso é nítido. O que parece não ser, é que Oswaldo fez uma boa preparação do time e Marcelo Oliveira, que não tem conceitos muito diferentes de jogo, seguiu o trabalho. Marcelo não chegou e mudou tudo, ele pegou o trabalho de Oswaldo e deu continuidade. O trabalho de Oliveiras é uma sequência, o segundo têm mostrado que entende como armar um time forte.
Com ele Egídio ficou estabelecido na lateral esquerda, Robinho virou titular do meio de campo e Zé Roberto ficou na reserva, única mudança no esquema que Marcelo fez. A grande diferença está na confiança e no jogo do Verdão que cresceu. O time passou a ser o que mais finaliza no campeonato, que mais cruza, que mais cria chances Assim Leandro Pereira tem mais oportunidades de fazer gols e somado a confiança, ele cresceu muito de rendimento.
Marcelo Oliveira é daqueles técnicos que fazem o jogador, mais ou menos jogar bem, consegue tirar o melhor de cada jogador com que trabalha, isso afinal é o trabalho de cada treinador. Como comparação, basta ver como alguns jogadores que ficaram no Cruzeiro e fizeram parte do time bicampeão, não estão mais rendendo o que rendiam com ele. Sua filosofia de jogo não é nem pragmática como a de Tite, nem “Galo doido” como de Levir Culpi, ele está no meio termo. O time alterna troca de passes, com marcação pressão e contra-ataques durantes os jogos. Ele seria um Carlo Ancelotti brasileiro.
No Brasil os times são parecidos na forma de jogar e no nível dos elencos também. A grande maioria dos times joga com o 4-2-3-1, com laterais que sobem, volantes de contenção, três meias, com os das pontas marcando laterais e um centroavante na frente. O Galo joga assim, o Palmeiras, o Fluminense, o Grêmio, o Sport também, o Corinthians já é um pouco diferente.
Então você olha para os três primeiros times do campeonato e são os três técnicos em melhor fase no Brasil. Pode só ser uma coincidência, mas por ter esse equilíbrio, armar bem o time faz toda a diferença.
No futebol quem decide e sempre decidiu foram os jogadores, os craques. Basta lembrar a última Liga dos Campeões comandado pelos craques sul-americanos do Barcelona (Messi, Neymar e Suárez) o time foi campeão. Só que mesmo assim, nunca foram só os craques e quando a diferença entre os times é pequena, a tática faz toda a diferença.

Matéria publicada no jornal O Atibaiense no dia 01/08/2015

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