Onde a Arena vai mal, um time no nacional


A frase que dá nome ao texto é dos tempos de início do campeonato brasileiro, quando o Brasil vivia o regime militar em 1971.
O presidente militar do Brasil era Médici, que soube usar muito bem o título mundial da superseleção na Copa de 1970, no México, com Pelé e seus blues caps. Usando a música de Miguel Gustavo “Pra frente Brasil” e desempenho da seleção como propagando de seu governo.
No campeonato brasileiro ele também mexeu, colocando cada vez mais times na série A, até que no ano de 1979 chegou ao absurdo 94 times.
Isso já faz muito tempo, pode parecer algo distante, no Brasil isso não é tão usado no nosso campeonato. A Copa e as Olimpíadas no Rio tem um pouco disso, mas as manifestações que estouraram em 2013 em plena Copa das Confederações mostrou que isso acabou saindo um tiro pela culatra.
Mas não quero falar de politica do Brasil e sim da Argentina.
No país hermano, Cristina Kirchner pegou o futebol argentino e passou ele para o “povo”. Criou o “Fútbol para todos” trazendo o campeonato em TV aberta para todos torcedores. Tem até site para ver as partidas online (http://www.futbolparatodos.com.ar/).Antes era necessário ter um pacote te TV por assinatura para ver um Boca x River, hoje não é mais necessário.
O campeonato argentino para essa temporada foi mudado, recebeu um inchamento. Agora conta com 30 equipes e 30 rodadas. Uma partida contra cada time e um bis contra o seu rival. Assim o Boca enfrenta o River duas vezes, o Newell´s Old boys enfrenta o Rosário Central duas vezes e por aí vai.
O governo patrocina o campeonato argentino e é possível ver propagandas politicas dentro de um jogo.
A Copa argentina, agora é disputada em um jogo único, com campo neutro. Na última quarta-feira o Boca Juniors venceu o Banfield por 3x0 na cidade de Formosa, norte da Argentina.
Bem distante de Buenos Aires, mas com grande número de carentes torcedores do Boca, sedentos para ver o time em sua cidade, que é mais perto do Paraguai que a cidade sede dos xeneizes.
Por sinal essa partida, Tévez marcou seu primeiro gol na volta ao país natal e a vinda dele também tem viés político. Mauricio Macri concorrendo a eleição presidencial com Cristina Kirchner e assumidamente xeneize e usa Tévez para aparecer. E Daniel Angelici (presidente do Boca) que tem intenções de concorrer a prefeitura de Buenos Aires faz o mesmo.
Mauricio Macri dando uma camisa do Boca ao tenista Djokovic
Então o mundo gira, o tempo passa voa, mas a politica continua, vez ou outra, aproveitando do futebol para se promover.
As praticas muitas vezes são repetidas na vida, só não percebe quem não conhece.

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