De 7x1 a 7x1
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Sobre o jogo contra o Haiti na quarta feira: Era para
golear, goleou. O bom de ganhar do Haiti é ganhar do Haiti, ou seja, não passar
vergonha ao empatar ou perder. É muito difícil dimensionar o quão bem
foi a atuação da equipe de Dunga diante
desse sparring oficial, mas há onde enxergar coisas interessantes
deste duelo.
A boa atuação de Coutinho e de Renato Augusto, e a evidente
melhora da Seleção com Gabigol e Lucas Lima. Elias vem mal, Jonas não convenceu
e a mudança pelos santistas além de dar mais qualidade à equipe dará mais
movimentação no ataque. Assim melhorando a criatividade.
O placar é exato (e motivo de piada), mas pouco sobrou do
7x1 do Mineirão. De lá pra cá muita coisa mudou, não como deveria, como
imaginávamos, mas mudou. Dunga pegou o escrete do Felipão, os cartolas
desapareceram atrás dele e o futebol ainda não apareceu.
O Brasil dos dois jogos na Copa América não teve a
participação de nenhum dos 11 iniciais naquele oito de julho. Assim como a
Seleção de Felipão em 2014 era diferente da de Mano na Copa América de 2011,
que era diferente da equipe de Dunga na Copa de 2010. Desde a derrota para a
França em 2006 o Brasil tem trocado de time a cada eliminação – só mantém a
equipe depois de vencer a Copa das Confederações e dá no que dá.
A Argentina não vence um título desde a Copa América de
1993. A geração de Messi, Agüero, Di María, Tevez, Mascherano, que tem também
Zabaleta, Garay... Não ganhou nada até agora. A geração de Bielsa e de
Pekerman, que se junta a atual, tinha Sórin, Samuel, Zanetti, Aimar, Riquelme,
Crespo e Verón. E também não ganhou nada. Mas há base.
Das Olimpíadas de 2008, 13 foram convocados e seis titulares
em Pequim jogaram a final no Maracanã e hoje são os primeiros do ranking da
FIFA – mesmo que com critérios indecifráveis-, além do favoritismo na Copa
América.
Não é obrigatória uma base, porém ajuda e pode vir dos times
também. Tanto Alemanha como a Espanha, as duas últimas campeãs do mundo, tinham.
Em 2010 o time titular espanhol tinha seis jogadores do Barcelona e três do
Real Madrid. Os alemães aplicaram 7x1 no Brasil com seis jogadores do Bayern em
campo - Guardiola era o técnico das duas equipes base.
O Brasil não tem nenhum dos dois tipos de base, com um
futebol equilibrado que temos hoje, de times cada vez mais táticos
e pequenos fechando melhor os espaços,
o entrosamento pode ser o ponto de desequilíbrio.
Dia da Paixão
palmeirense
Domingo tem Derby em São Paulo, como teve em 12 de junho de
1993, o dia do fim do jejum palmeirense. Era final do Paulista e o Palmeiras
venceu por 4x0 o Corinthians. Este não terá um campeão, mas o vencedor pode ser
o líder do BR-16 no dia dos namorados– se o Timão conseguir uma vitória melhor
que a do Grêmio ou um resultado melhor; O Palmeiras precisa vencer e a dupla
Gre-Nal não vencer no sábado.
Matéria publicada no jornal O Atibaiense em 11/06/2016
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