Palmeiras surpreende, reage e empata. Santos avança nos penais

Confronto de muita rivalidade entre Santos x Palmeiras - acirrada pelos confrontos recentes - nesta quartas de final do Paulista.

O Santos de troca de passes, triangulação nas laterais e posse de bola, orquestrado por Lucas Lima era melhor. Com picos de 70 % de posse, com 100 x 32 em passes certos a equipe da Vila até tinha dificuldade de infiltrar na defesa verde, mas assustava.

Gabriel Jesus pela esquerda, ajudando Egídio na defesa, não teve a liberdade para circular como em outros jogos, aparecia pouco no ataque. Alecsandro circulava procurando a bola que pouco chegava, Roger Guedes ficou na direita e Robinho meio perdido no meio deles. 

Parando a maioria das jogadas santistas com falta, os donos da casa reclamaram de pênalti. Um pé no rosto de Victor Hugo em Gustavo Henrique. Vi penal.


Depois da parada técnica Cuca deu mais liberdade ao ataque e subiu a marcação, Guedes fez ótima jogada individual e assustou o torcedor santista pela primeira vez. 

Porém com a equipe no ataque Matheus Sales perdeu a bola, Lucas Lima arrancou, com toda inteligencia e precisão que tem lançou Gabriel. Ele tirou os marcadores da jogada e bateu no canto de Prass, 1x0 Peixe.


Para a etapa final Cuca nem mexeu muito no time (esquema e posicionamento), mas na cabeça veio a ideia de atacar, claro estava sendo eliminado.

Com pouco tempo Alecsandro, o mais criativo no Palmeiras, deu bom passe para jogada que quase terminou em finalização. O treinador palmeirense queria vê-lo na área, ele retocou dizendo que estava puxando a marcação. Fato é que com poucos minutos depois o atacante saiu para entrada de Rafael Marques - Robinho também saiu para a entrada de Cleiton Xavier.

Em boa jogada, Gabriel Jesus conseguiu uma escapada e ficou cara a cara com Vanderlei. Para fora.

O Santos estava tranquilo no jogo, essa chegada do camisa 33 do Verdão foi uma exceção, na maior parte do tempo o alvinegro encaixou a marcação e quando tinha a bola ditava o ritmo do jogo. 

Na frente os laterais davam amplitude ao time de Dorival, Victor Ferraz pela direita e Zeca na esquerda faziam muitas jogadas com os atacantes. 

Em uma jogada entre Zeca e Lucas Lima pela esquerda, Gabriel ficou em condição de chutar  na área e fazer 2x0 na Vila.


Uma ducha de água fria na reação palmeirense, já eram 29' do segundo tempo parecia que seria o gol derradeiro. Naquela altura a torcida santista (13 mil, única) gritava "eliminado" para os rivais.

Dorival tirou Gabigol e colocou Alisson, fechando a casinha. Cuca pôs Barrios no lugar de Jesus.


Só que futebol é essa coisa incompreensível, maluca. Quando o relógio da Vila Belmiro marcava 42' da etapa final, Rafael Marques brigou pela bola e na cara do gol diminuiu. Bola de Barrios para ele.

E não é que, no minuto seguinte, um cruzamento de Cleiton Xavier na cabeça de Marques empatou tudo na Vila?

Pois é, a festa foi tão grande com o empate que Cuca foi expulso por invadir o campo de jogo. Festa total, do time que já se imaginava sendo eliminado e acabou ganhando o direito de disputar as penalidades.


Assim como ontem 2x2 e disputa de pênaltis, assim como Santos x Palmeiras decidiram a final do Paulista e da Copa do Brasil ano passado. A primeira deu Peixe a segunda alviverde.

Nas penalidades Cleiton Xavier abriu a sequência com gol e Prass defendeu o chute de Lucas Lima. Festa verde.

Então Barrios perdeu e Braz empatou.

Jean e Zeca converteram.

E nessa maluquice da bola, Rafael Marques desperdiçou a penalidade dele e Victor Ferraz colocou os donos da casa novamente na frente. Festa do Peixe.

Cabia a Fernando Prass - maior ídolo palmeirense - fazer o dele e pegar o de Ricardo Oliveira na sequência. Na crueldade da bola Prass desperdiçou e o Santos avançou.


Agora o Santos irá a sua 8° final seguida (2009 a 2016), venceu quatro. Em São Paulo a soberania do time atual é tão grande quanto da época de Pelé.

Vai enfrenta o Audax, no local que será definido amanhã.

0 comentários:

Postagem mais recente Página inicial Postagem mais antiga