Equilíbrio tem que virar qualidade
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Que
o campeonato brasileiro não é primor de técnica, nem de tática,
organização, de planejamento e tudo mais, todo torcedor sabe. E que
esse campeonato tem entretido, estão descobrindo e indo ver os
jogos. Tem vários jogos em que as jogadas prendem a atenção de que
está vendo e faz o jogo ser interessante de assistir. O que não
quer dizer que ele seja muito bom.
Não
temos os principais jogadores, técnicos, planejamentos do futebol
mundial. Isso está na Europa, mas nem por isso, precisamos fazer
esse jogo que fazemos em solos tupiniquins. O Brasil depois de que
começou a perder os jogadores para outros mercados criou vícios e
eles afetaram o nosso jogo.
Times
com três volantes brucutus, laterais que só atacam, times que jogam
pela bola parada, pela “uma bola”, times que jogam pelo
contra-ataque e ainda tem medo de tomar gol da mesma maneira, muitas
vezes desprezando a bola e partindo para a falta. Isso tudo, além da
saída de jogadores, acabou levando nosso futebol ao nível medíocre
do campeonato, que por sinal é discutido desde o Brasileiro de 1985
quando a final teve Bangu x Coritiba.
Podemos
fazer do nosso campeonato a Premier League da América, com 12 times
grandes e com quatro ou cinco candidatos a títulos (ou mais) em cada
ano. Mas com times bem estruturados, trabalhados e jogando
um futebol sem os vícios
pragmáticos
e irritantes que veem estragando
o nosso futebol.
A
presença maciça
de torcida no jogos de Palmeiras, Corinthians, São
Paulo, Flamengo, Atlético-MG, Sport e
outros times. Tem feito aumentar a média
de publico e fazê-la
aproximar se de
campeonatos europeus com 28.
512 torcedores na
última rodada.
Com os novos
programas de sócio torcedores e o equilíbrio
do campeonato, o público
tem aumentado nos
estádios
e isso tem contribuído
muito para um futebol melhor.
Afinal,
é
muito diferente jogar para meia dúzia
do que jogar para 40, 50, 60 mil torcedores. Pode notar, não
tem jogo de portões fechados que seja bom, nunca é. Quando o
jogador entra em campo e vê o estádio lotado ele vai dar um gás a
mais e proporcionar um jogo melhor, mesmo que sem muita técnica.
O
Campeonato
Brasileiro tem o rotulo de ser o “mais equilibrado do mundo” e é
mesmo
um dos mias equilibrados.
Só que equilíbrio
não é necessariamente qualidade, mas é possível fazer o
equilíbrio
virar qualidade. Esse
ano não chega a ser de 1a
qualidade, mas tem dado goste de ver alguns jogos.
Matéria publicada no jornal O Atibaiense dia 08/08/2015
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